Nota de Repúdio
CPI da Petrobras faz sessão nesta terça-feira, 10, para ouvir ex-gerente Pedro Barusco
Pedro Barusco , ex-gerente de Serviços de Engenharia da estatal está sendo ouvido neste momento. Em delação premiada ele estimou que o PT recebeu cerca de US$ 200 milhões em propinas. Para se ter uma ideia, só o Pedro Barusco acumulou em bancos no exterior o montante de US$ 97 milhões, que estão sendo repatriados gradativamente aos cofres públicos brasileiros pelo MPF.
Até aí tudo bem, sabemos que o PT recebeu muito mais do que isso, porque a sua participação no esquema de corrupção instalado na Petrobras, de forma institucionalizada a partir de 2003, é muito maior. Os depoimentos continuam na Operação Lava-Jato, de modo que muita coisa ainda está por ser revelada.
Como era de se esperar, a defesa de Pedro Barusco queria que a audiência do delator ocorresse em sessão secreta, o que não aconteceu, depois de uma negociação do depoente com o presidente da CPI, deputado federal Hugo Motta (PMDB-PB).
Pedro Barusco é o primeiro convocado pela CPI para prestar depoimento e vem cumprindo relativamente o seu papel respaldado no texto da sua delação premiada. Surpresa para os parlamentares da Comissão que esperavam que Barusco ficasse a maior parte do tempo em silêncio, por via de regra. O ex-diretor de Serviços Renato Duque (solto) e o ex-tesoureiro do PT e atual secretário de Finanças e Planejamento do Partido dos Trabalhadores, João Vaccari Neto, também solto com autorização da Justiça, foram comprometidos até o pescoço nos depoimentos de Pedro Barusco.
O que chama atenção, e o motivo da “Nota de Repúdio”, é o fato do relator da CPI, deputado federal Luiz Sérgio (PT-RJ), logo na abertura dos trabalhos, tentar desviar o foco das perguntas para o período anterior a 2003. Lamentável como os demais deputados petistas entraram na onda e tumultuaram a sessão, fazendo dela uma casa de espetáculos, tentando colocar o PSDB no palco central de apresentações. O fato é que o papel dos atores não pode ser mudado.
Augusto Avlis
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Vamos torcer para que o Dias Toffoli, não presida mais esse processo, o pedido foi feito. Caso ele seja aceito que tal arrancar os ffs dele.
Acabou de pedir, ontem, ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Enrique Ricardo Lewandowski, a sua transferência para a 2ª Turma do STF para compô-la e assim julgar os políticos que virarão reus no processo do Petrolão. Essa sugestão partiu do Ministro Gilmar Mendes em função da demora da presidente Dilma Rousseff em nomear o substituto de Joaquim Barbosa, que antecipou a sua aposentadoria da Suprema Corte, alegando motivos pessoais, mas, como sabemos, vinha recebendo sistemáticas ameaças de morte por parte de militantes do PT.