Curta e grossa – 5ª parte.
DESCRÉDITO TAMBÉM É CRENÇA. O soro da insanidade alimenta as veias do Autoritarismo. In verbis. A elite da comunicação (Indústria Cultural) vem praticando nos últimos tempos uma nova modalidade de terrorismo, o “Terrorismo Informacional”. Por conceito, notícia é aquilo que ainda não sabemos, quando conhecida se transforma em informação.
Esse é o ponto nevrálgico a que queremos chegar. A imprensa tradicional (desisti de chamá-la de velha imprensa), por imposto dever de ofício, vem distorcendo as notícias do cotidiano, e uma vez fazendo isso, sem qualquer admoestação, “constrói as informações” a seu bel-prazer segundo o estabelecido em sua cartilha ideológica. Estamos diante de um grande banquete de absurdos, onde são servidos à população coquetéis de desserviços.
Nesse cenário, eu posso afirmar com a maior segurança que a mídia composta pelo consórcio dos meios e veículos de comunicação (com ideias comuns) está praticando atos de deslealdade contra o público que a sustenta, porque a audiência não é gratuita. Alguém duvida? Como jornalista juramentado eu sinto vergonha de tudo isso que está acontecendo sob olhares complacentes.
Além de não contribuir para a formação de juízo de valor calcado na realidade, essa abjeta imprensa tradicional, seguindo seu viés político-autoritário, trabalha a produzida desinformação para conquistar cabeças vazias e nelas inserir opiniões que deseja. E aí reside o perigo, senhores do poder, porque as regras do jogo mudam a cada ventania das conveniências.
Na medida em que as palavras têm poder; os pensamentos as reciclam; a escrita ratifica e documenta. Vítimas de factóides, os consumidores de notícias carecem de discernimento na hora de separar o joio do trigo. Não os culpo por vários fatores, dentre os quais se destacam: a falta de formação sócio-cultural, desinteresse pelas pesquisas sérias, carência de estudos temáticos, enfim, outros elementares motivos são incentivadores na hora desses consumidores “comprarem” porcarias nos supermercados televisivos.
Há clara intenção desses mercados de desgraças e macabrismos de alterar o sentido (padrão) das coisas, no seu sentido amplo. Conteúdo e forma nunca foram tão desvirtuados, bem como as notícias aviltadas. O Brasil é um imenso pomar de notícias maduras, no entanto, quem as colhe – repórteres e jornalistas irresponsáveis – forçam o seu apodrecimento antes de oferecê-las ao público. Plim Plim.
Augusto Avlis
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