Coronavírus, fechando parêntese.
Fala-se muito em teoria da conspiração; as pessoas estão confundindo verdades e mentiras, crenças e desconfianças. Um paradoxo, na medida em que sempre haverá o lado contrário daquilo que alguém imagina ser a expressão da verdade. A carga exacerbada de informações controversas é a principal responsável pela drástica mudança de opiniões, daí a falta de entendimento – num movimento cego, os indivíduos estão entrando na berlinda e não se dão conta disso. Uma das piores coisas que pode acontecer a uma pessoa é ficar presa aos seus próprios conceitos – ela própria constrói uma prisão sem grades e engole a chave da memória.
Agora, conspirar contra quem e contra o quê? Eis a questão. Por teoria, ideias passam a ser formuladas com respaldo em achismos, em posições duvidosas, no subjetivismo – no campo teórico cada qual marca a sua posição. Na prática, tudo isso vira realidade. Razão pela qual os problemas são mais ou menos valorizados, portanto, sem o que chamamos de “norte comum” as soluções se mostram distantes do ponto que são observadas. Para grandes problemas mundiais, soluções globais. Se fosse tão simples assim tal premissa seria defendida em grande escala. Muito pelo contrário, o que vemos por aí são posições díspares, não conformes com os princípios lógicos.
No campo filosófico do raciocínio válido, as coisas parecem funcionar d’outra maneira. Imaginemos a existência de um único país, uma só população, um único governante – aliás, na visão planetária seria este um sonho de desejo. Nesse sentido, ainda assim, haveria a ocorrência de profundas diferenças, sejam de pensamentos postos como comportamentais. Administrar a pandemia do Coronavírus, onde todas as nações se sentassem numa só mesa, é ação impossível face aos diferentes interesses defendidos individualmente. Para o combate à pandemia o mundo movimentou um montante incontável de recursos financeiros. Desde o início da crise pandêmica o Brasil soube defender o seu interesse, reservando considerável parcela de dinheiro público para a corrupção sistêmica praticada por agentes de governos.
A história da humanidade tem nos ensinado muita coisa, todavia, nem todo mundo demonstra capacidade de depreender isso, de, na ponta da linha, alcançar a clareza intelectual a respeito dos acontecimentos. Síndromes metabólicas, cardiopatias, dispneias aos esforços, cânceres e outros males, tudo isso vem sendo provocado diuturnamente pela indústria alimentícia que, com seus sofisticados processos de produção, vem ganhando mercado e satisfazendo a sua ganância econômico-financeira em detrimento da saúde dos seres vivos. Enquanto isso, a ciência do Marketing, paralelamente, cria novos modelos e padrões de consumo inseridos nas mensagens subliminares.
Mas, o que tem a ver este cenário com o Coronavírus? Simplesmente uma coisa em comum: a fabricação de doenças correlacionadas. A medicina só tem mitigado as dores reais das vítimas do sistema. Talvez a maior lição que fica para as futuras gerações: Quando a ciência descobre a cura para determinada doença aparece outra de maior gravidade. Faz sentido para reforçar uma tese: Deus é considerado perfeito para quem o teme.
Augusto Avlis
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