Supremo Tribunal Federal
décima segunda parte
Hoje é um dia especial, o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), “todos os anos, o dia 3 de maio é a data em que são celebrados os princípios fundamentais da liberdade de imprensa, para avaliá-la em todo o mundo, para defender a mídia de ataques contra a sua independência, e para prestar tributo aos jornalistas que perderam a vida no exercício de sua profissão”. Um dia para ser comemorado, e para nos levar à reflexão, sobretudo nós jornalistas.
A propósito das frustradas tentativas de calar a imprensa, convoco os ministros da Suprema Corte do país para saborearem uma “Refeição Institucional” em homenagem ao dia 3 de maio. Cardápio a escolher: bobó de camarão, camarão à baiana, medalhões de lagosta servidos com molho de manteiga queimada, bacalhau a Gomes de Sá, frigideira de siri, moqueca capixaba, peixada baiana, arroz de pato, vitela assada, codornas assadas, carré de cordeiro, medalhões e tournedos de filé. Tudo isso regado a bons vinhos premiados internacionalmente, como, Tannat, Assemblage, Merlot. Para alguns tipos de uva/vinho, exige-se envelhecimento em barril de carvalho francês, americano ou ambos, de primeiro uso, por período mínimo de 12 (doze) meses. Pergunto: Cadê o princípio da moralidade pública? Cadê a decência no trato da coisa pública? Onde está a moral? Quais exemplos os ministros da mais alta Corte do país querem dar à população? Quem paga a conta? Um acinte, uma falta de respeito. O povo é condenado a comer pé de frango ensopado, enquanto os ministros do STF agem como nababos, e ainda arrotam na nossa cara. Isso é nojento, uma tapa na nossa cara.
Aqui, senhores ministros, cabe censura – e o nosso mais intenso repúdio. Que o Tribunal de Contas da União (TCU) cumpra o seu papel constitucional sobre a licitação para a contratação dessas refeições de luxo. No mínimo, o papel higiênico utilizado pelos ministros terá bordado inglês.
Augusto Avlis
Discussão
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