Supremo Tribunal Federal
décima parte
Uma vaca cagando no pasto e um cachorro ladrando na rua são situações que não têm a menor importância, porque fazem parte do cotidiano, viraram paisagem; portanto, não vamos mudar isso (nem a vaca, nem o cachorro) porque não nos incomodam pela distância que estamos dos animais – o produto fecal da vaca e o latido do cão, nesse caso específico, são questões banais. Pra tudo há ambiente próprio; ou propício deveria haver. Ladrar calúnias, perseguindo alguém com falsas acusações, não depende, necessariamente, do cão. Mas, a vaca, por sua formação e utilidade, não perdeu importância, ainda que o açougueiro valorize o boi.
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) não são diferentes do restante das pessoas – 209.846.262 (População brasileira às 08h08min, de hoje, 30 de abril de 2019). Fazem cagadas homéricas e vociferam a qualquer tempo, colocando-se em patamar de igualdade com todo mundo. Não dá pra compreender que os ministros estejam julgando casos de “infrações revestidas de animus caluniandi, diffamandi ou injuriandi”. Esta não é uma notícia falsa; falso é o papel representado para uma plateia verdadeira.
Barroso diz que Gilmar desmoraliza o STF: ‘mistura do mal com atraso e pitadas de psicopatia’. Ministro reage e diz para colega fechar escritório de advocacia; Cármen Lúcia interrompe sessão. O Globo, 21/03/2018 – 16h28min / Atualizado em 22/03/2018 – 13h28min. Imagens: TV Justiça. BRASÍLIA – Os ministros Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes voltaram a discutir, na tarde desta quarta-feira, durante uma sessão do Supremo Tribunal Federal (STF), levando a presidente da corte, ministra Cármen Lúcia, a suspender a sessão. Barroso reagiu a uma fala de Gilmar e disse que o colega do tribunal é “uma mistura do mal com atraso e pitadas de psicopatia”. Cármen Lúcia interrompeu a discussão. No entanto, antes que os microfones fossem desligados, Gilmar disse que Barroso deveria “fechar seu escritório de advocacia”. Veja também as imagens no canal YouTube – título “Bate-boca entre Barroso e Gilmar Mendes em sessão do STF”. Este é apenas mais um ato, entre dezenas e centenas, do “teatro de horrores” que se transformou o STF.
A percepção das pessoas bipolares é questionável, sob todos os aspectos. Impossível não enquadrar boa parte dos ministros do STF nessa condição. A meu juízo, uma realidade que prejudica, sobremaneira, o julgamento de cerca de 37.000 ações em tramitação no Supremo; uma fila interminável. Fato positivo é que os ministros estudam maneira de mudar o Regimento Interno do Tribunal para ampliar o número de julgamentos em ambiente virtual – sem Fake News, sem Transtornos Maníaco-Depressivos e sem pitadas de psicopatia.
Ministros não escondem seus traços de personalidade, seu comportamento antissocial, seu baixo controle comportamental – ligado à violência e à manipulação. Posto isso, nos leva a pensar que no passado tal quadro não fazia nenhum sentido, muito menos agora com a transmissão ao vivo das sessões da Suprema Corte pela TV Justiça. Fica mais do que provado que os magistrados são pessoas comuns quando assim agem; uma vez colocados na vala comum, assemelham-se aos advogados de plantão nas portas das delegacias.
Fato é que a escalada vertiginosa das polarizações tem concentrado cada vez mais pessoas em extremos opostos. Formados esses grupos antagônicos, vê-se a defesa de interesses à base da faca nos dentes, à base de fórceps, à base da imposição. É aquela coisa “não vou perder tempo com argumentações”. Junto vem a intolerância, a não aceitação do outro; de modo que a minha vontade tem que prevalecer acima de tudo e de todos. Nesse sentido, os ministros do Supremo têm dado maus exemplos – os internautas copiam nas redes sociais.
Continua…
Augusto Avlis
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