O mal passará
Eu percebo que está faltando consciência crítica a todo mundo, pelo menos às pessoas que eu conheço, em parte. Fora dessa análise preliminar ficam os políticos profissionais e boa parte dos indivíduos que militam no campo jurídico, pois a única coisa que lhes falta é vergonha na cara, de modo que não há como atribuir-lhes consciência crítica nessa condição. Uns preferem usar o termo “senso crítico”, nada contra, num rápido pano de fundo, quer dizer a mesma coisa. O que está em questão é a capacidade que as pessoas têm de analisar, de depreender e de questionar as situações com inteligência e racionalidade. Examinar, entender e por em questão são qualidades questionáveis no mundo moderno pela enxurrada de “oratórias” que entra nos nossos ouvidos. Refletir antes de julgar – essa é a tônica.
Outro dia eu li uma coisa interessante no Portal educação: “Somente através do conhecimento e desenvolvimento da ‘consciência humana’, se torna possível uma nova visão de mundo, e consequentemente uma nova postura de comportamento das pessoas, que contribuirá para uma sociedade melhor, cercada de justiça e paz. Portanto, a consciência deve ser trabalhada e estimulada, cabendo à educação o papel fundamental neste processo. Ao abordar esses conceitos, este trabalho fará com que você reflita sobre a nossa realidade pós-industrial e como as pessoas tendem a se comportar perante os fatos sociais, políticos, econômicos e tecnológicos, ou seja, perante a realidade imposta e as ideologias dominantes. Principalmente as que estão presentes nos ‘meios de informação’, valendo muito mais presentes nos ‘meios de comunicação de massa’, por atingir quase todo o público”.
O melhor dos mundos é inatingível. Compreender uma sociedade melhor, cercada de Justiça e paz soa como um sonho distante, quase impossível. Vamos trazer essa discussão para a “realidade brasileira”. Mas, antes, eu quero assentar que a “consciência crítica”, e/ou “senso crítico”, decorre do Evolucionismo. Penso que não se trata de mera teoria filosófica, é um fato.
Isso me leva a pensar que se faz necessária uma linha de corte na sociedade contemporânea. Explico melhor. Se eu começar a falar, aqui e agora, sobre a Pirâmide sociológica, sobre a Pirâmide de gerações (Etária) vou perder um precioso tempo e ainda confundir cabeças ocas, sem consciência crítica. Eu detesto tecer comentários sobre “Hierarquia social” por causa dessa tal divisão de classes (ricas, médias, baixas) como se fosse uma separação de gado por sexo, peso e tamanho dos chifres – qualquer divisão de “grupos humanos” em razão de suas posições na sociedade do capital não espelha 100% da realidade, ainda que as estatísticas sejam metodizadas e/ou estruturadas. De todo modo, vale ressaltar que a sociedade, da qual fazemos parte, é um “corpo vivo”, por isso, está em constante processo de transmudação.
Quando mencionei que se faz necessária uma linha de corte na sociedade contemporânea, baseado na minha consciência crítica, quis me referir às possibilidades, daquilo que poderia acontecer para tirar o Brasil das incertezas. 1º. Tentar salvar a terceira geração; 2º. Depurar a segunda geração e 3º. Pedir a Deus que a primeira geração morra logo para não presenciar mais injustiças, até porque quem já completou 60 anos não viverá o tempo suficiente para ver as duas primeiras possibilidades acontecerem – imagine os mais velhos. Como os idosos no Brasil são tratados como inválidos, e responsáveis por tudo de errado que está acontecendo, de sorte que não farão diferença.
Augusto Avlis
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