Antenado, bem informado.
As redes sociais nas eleições de 2014 tiveram um protagonismo nunca visto; exerceram um importante papel junto ao eleitorado brasileiro. A tecnologia a serviço da cidadania. Não resta dúvida que, sem entrar na questão do “fenômeno informacional” Fake News, houve também um acirramento nunca visto entre os simpatizantes deste ou daquele partido, deste ou daquele político. Contudo, fato é que as comunicações interpessoais, na velocidade da luz e em tempo real, ajudaram a formar juízo de valor, dentro de uma atmosfera de completa liberdade. Essa imensa troca de ideias foi a responsável por estabelecer uma linha de corte no sistema político-eleitoral, de modo que hoje não basta o político subir no palanque e discursar como uma gralha, ele precisa interagir com os seus eleitores em todas as mídias disponíveis. As propostas dos candidatos, como a performance de cada um, nunca foram tão avaliadas pelos eleitores, tanto numa perspectiva pessoal quanto de grupo.
É garantia fundamental do cidadão a livre manifestação do pensamento, desde que a pessoa não se esconda no anonimato. Manifestou o pensamento, então mostre a cara. Escreveu algo, então assine. Os teclados jamais foram tão acionados a partir da Operação Lava-Jato, a partir da eleição de Dilma Rousseff, e do seu Impeachment, a partir da crise política do governo do presidente Michel Temer – uma crise atrás da outra (no mês passado houve a paralisação dos caminhoneiros por 10 dias) que mobiliza a população, colocando-a de plantão à frente da mini tela. Milhões de informações cruzando o espaço virtual a cada segundo. Cabe ao internauta “ficar ligado” quando plugado, produzir informação de qualidade e se preocupar com a censura. Por falar em informação de qualidade, capturei nas redes sociais matéria escrita por Rodrigo Pontara, que, brilhantemente, dá um voo panorâmico sobre o Brasil dos brasileiros – e dos outros também. Leia abaixo.
Nau Brasil
Vivenciamos um momento conturbado em que há uma enorme circulação de informações, e também desinformações, dificultando a nossa capacidade de absorvê-las, de filtrá-las e de assimilá-las. Nesta hora nefasta, a ponderação se faz necessária para não sermos arrastados por mares turbulentos, onde esta nau chamada Brasil parece navegar rumo ao seu derradeiro naufrágio, onde as incessantes ondas de sofrimentos do presente deságuam na desesperança de um possível futuro melhor.
Antes sequer de pensar na formulação de quaisquer teorias reativas sobre quais ações devam ser tomadas para atenuar ou dissipar essa tempestade deletéria de imensuráveis crimes que inundam a nação em um lamaçal infectante, primeiro se faz necessária uma análise profunda do nosso passado, descortinando a história com olhos imparciais e isentos de ideologias e de radicalismos; olhos que enxergam todos os processos envolvidos no “desenvolvimento” do nosso país, em todas as suas nuances, enfim, olhos atentos a todas as mudanças e a todas as transformações que interferiram direta ou indiretamente no ordenamento sócio-cultural, político e econômico e que nos trouxeram até aqui.
Quem possui, sem demagogia, o desprendimento e a coragem de investigar visceralmente a “alma” do “indivíduo brasileiro”, expondo a sua subjetividade, seus preceitos éticos e morais, existencialmente implicados em sua conduta perante a sociedade na qual ele está inserido, inexoravelmente?
“Tudo evolui; não há realidades eternas, tal como não há verdades absolutas”
Friedrich Wilhelm Nietzsche
Augusto Avlis
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