Imprensa massacrada
Absurdas, inconcebíveis e inaceitáveis as cenas de agressões a equipes de reportagem feitas por manifestantes favoráveis ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última semana, quando a Polícia Federal cumpriu mandado de prisão expedido pelo juiz federal Sérgio Moro. O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Zona Central de São Bernardo do Campo, São Paulo, praticamente virou palco de guerra, por esse motivo, o trabalho da imprensa ficou prejudicado, jornalistas e cinegrafistas acuados como animais indefesos diante das ameaças de agressões – alguns chegaram a ser agredidos fisicamente por sindicalistas e simpatizantes do PT; as cenas brutais se repetiram em algumas capitais do país.
A faixa “Fora Globo” colocada na parte superior do prédio do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC é um duro recado da “esquerda”, que não respeita a liberdade de imprensa, que insiste em conspurcar o Estado Democrático de Direito, ainda que o seu discurso se dê em sentido contrário, em outra direção que não seja a da preservação de direitos e das liberdades. Um desrespeito aos cidadãos brasileiros que primam por informações e notícias de qualidade, a tempo real e a ordem dos fatos, sem imediatismos oportunistas e/ou sensacionalismos baratos. A imprensa saiu ferida deste triste episódio, mas, fortalecida para continuar o seu trabalho de divulgação, com isenção e responsabilidade, sempre levantando a redoma de vidro que protege o poder, assumindo o compromisso de continuar mostrando ao país e ao mundo as mazelas que tanto atormentam o povo brasileiro. A nobre missão de informar tem o seu preço e os meios de comunicação continuarão pagando pelo bem do Brasil.
Augusto Avlis
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