Causa sem efeito
A Doutrina Espírita dá um exemplar sentido à “Lei de causa e efeito”, ainda que as dúvidas, as incertezas e os acasos, enfim, norteiem os acontecimentos com os quais se depara o ser vivente chamado homem. Como atribuir um “motivo justo” ou “uma finalidade proveitosa” aos atos praticados e aos sentimentos? Será que todo ato da “vida moral” do homem, de fato, corresponderia uma idêntica reação direcionada a ele? Aqui se faz, aqui se paga. Você só colhe o que planta. Seria isso? Fato é que a “Ordem social” é imperfeita, daí surgem as injustiças. A moral e ética não são devidamente redistribuídas entre os humanos. Qualquer conceito contrário requer estudo profundo. A sociedade tem seus padrões morais, falta-lhe ética – não por acaso. Existem causas que não produzem mais efeitos do ponto de vista da falta de percepção.
A “Lei de causa e efeito” está se manifestando com destacada força entre nós. Podemos acordar amanhã, ou depois de amanhã, ou qualquer dia, e assistirmos a uma nova versão de “Guerra dos Mundos”, onde todos se salvam e novos destinos são traçados – finalidades proveitosas encaradas como justos motivos. Seria bom demais se fosse verdade. Além da justa medida os atuais ministros do Supremo Tribunal Federal sendo todos depostos; de bom alvitre o ex-presidente Lula se suicidar; espetacular o Congresso Nacional sendo tomado pelos alienígenas do passado; maravilhoso seria se Michel Temer fugisse para o Líbano travestido de mulher; quem sabe o povo brasileiro sendo trocado por uma civilização mais evoluída. Estes são acontecimentos que, talvez, nunca me depare.
Augusto Avlis
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