Pergunte aos candidatos presidenciáveis – 12ª pergunta
Às vésperas do primeiro debate na Rede Bandeirantes de TV, acontecido na terça-feira, 26 de agosto de 2014 (22h00min) entre os 07 candidatos a presidente da República (Pastor Everaldo – PSC, Luciana Genro – PSOL, Marina Silva – PSB, Aécio Neves – PSDB, Dilma Rousseff – PT, Levy Fidelix – PRTB e Eduardo Jorge – PV) para a gestão 2015/2018, eu formulei uma série de 20 (vinte) perguntas a serem feitas aos candidatos presidenciáveis, apenas como sugestão, e as encaminhei diretamente à emissora através de e-mail. Abaixo, a título de registro, eu estou reprisando as perguntas e as ratificando neste meu BLOG.
CORRUPÇÃO. A corrupção no Brasil é sistêmica e endêmica, vem tomando conta do tecido empresarial e, sobretudo, político – corruptores e corruptos em perfeita sincronia, apostando na sorte. Antigamente, os atos delituosos eram cometidos nas sombras dos palácios, escondidos atrás das pilastras; hoje, os crimes contra o erário são praticados sob a luz do sol e na frente de todo mundo, com destacado orgulho, despudor e certeza da impunidade. A cada ano, em média, 2% do PIB (Produto Interno Bruto) são desviados dos cofres públicos por consequência da corrupção. Em 2010, último ano do governo Lula, o valor desviado passou de R$ 50 bilhões, superior ao que o governo investe anualmente em infraestrutura. Aquele dinheiro, que foi embora pelo ralo da corrupção, se fosse investido em saneamento básico, por exemplo, daria para ligar à rede de esgoto cerca de 15 milhões de residências, o que equivaleria reduzir em 60% o déficit no setor de saneamento básico nacional. Outro exemplo, também daria para matricular 25 milhões de crianças, mantendo-as na escola, desde a creche ao 5º ano do Ensino Fundamental. Políticos e empreiteiras, em conchavos, costumam criar dificuldades de toda ordem objetivando o atraso no andamento dos projetos, provocando custos extras, a maioria dos gastos sem licitação, sem falar na cobrança do conhecido “por fora” para que os criados “obstáculos administrativos” sejam eliminados. A orgia com o dinheiro público precisa acabar. Afinal, como dizia o Marquês de Maricá, “O roubo de milhões enobrece os ladrões”.
Pergunta: Se o senhor, ou a senhora for eleito/eleita presidente da República, o que fará no combate à corrupção; o que fará para a moralização da administração pública, evitando que os rotineiros escândalos de desvios de verbas públicas não emporcalhem mais ainda a nossa imagem?
Augusto Avlis
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