Poucas e boas – 6ª parte.
CALÇA DE VELUDO OU BUNDA DE FORA. Depende do tamanho da bunda ou da calça. A calça Saint Tropez mostrava o “cofrinho” – hoje mostra algo mais. Veludo cotelê eu achava mais chique. A moda é atemporal. Tem horas que eu penso estar morando no país das maravilhas, onde bundas e calças são meros adereços fantásticos. Vejam só, amigos leitores, o povo, tentando esconder a bunda, não se recorda do que aconteceu nas Eleições de 2018 – os próprios eleitores (a maioria), se perguntados, jamais se lembrariam em quais candidatos votaram. Tudo bem. Vamos lá, refrescar as memórias dos que se interessam por bundões, mesmo sabendo que é chover no molhado.
Eleições: Senado tem a maior renovação da sua história. Fonte: Agência Senado. De cada quatro senadores que tentaram a reeleição em 2018, três não conseguiram. Essa estatística marca a eleição mais surpreendente da história recente do Senado Federal. Desde a redemocratização do país, não houve um pleito que trouxesse tantas caras novas para o tapete azul do Senado. No total, das 54 vagas em disputa neste ano, 46 serão ocupadas por novos nomes – renovação de mais de 85%.
Câmara tem 243 deputados novos e renovação de 47,3%. Essa é a maior renovação desde a redemocratização. O PSL foi o partido que ganhou mais deputados novos, 47 de uma bancada de 52 parlamentares. Fonte: Agência Câmara de Notícias. O índice de renovação na Câmara dos Deputados nesta eleição foi de 47,37%, segundo cálculo da Secretaria-Geral da Mesa (SGM). Em números proporcionais, é a maior renovação desde a eleição da Assembleia Constituinte, em 1986. No domingo (7), foram eleitos 243 deputados “novos” (de primeiro mandato) e reeleitos 251 deputados, de um total de 444 candidatos à reeleição. Ou seja, 56,5% dos deputados que se candidataram à reeleição foram reeleitos. Também foram eleitos 19 ex-deputados de legislaturas anteriores (3,7%).
Depois de ver tanta bunda de fora, eu pergunto aos nobres leitores: A renovação das Casas de Leis em 2018 adiantou alguma coisa? Tem gente que ainda defende a confecção de uma lista com os nomes dos parlamentares que NÃO merecem ser reeleitos em 2022 e divulgá-la maciçamente nas redes sociais a partir de agora. Pra quê? Quero que a minha linda e querida apresentadora do programa “Os Pingos nos Ís” da Jovem Pan, Ana Paula Henkel, responda esta pergunta com a sua honestidade de sempre. A propósito, ela não precisa vestir calça de veludo cotelê.
A minha honestidade me autoriza a dizer o seguinte: “O Congresso Nacional é uma estrebaria que abriga inúmeras cavalgaduras e outras bestas de sela. A tão esperada renovação das duas Casas de Leis nas eleições de 2018 não trouxe bons resultados para o país. Uma pergunta que não quer calar: Quanto tempo leva para um político ‘quase honesto’ a se tornar ‘totalmente desonesto’? A resposta é fácil: no primeiro ano do seu mandato – uns logo no primeiro semestre, outros no segundo”. Ponto – sem is e pingos.
Augusto Avlis
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