Más lembranças I – “Bangus Virtuais”
A transferência, simples e pura, de presos com grau máximo de periculosidade para quartéis da Polícia Militar do Rio de Janeiro, serve tão somente para divulgar à população os novos endereços do crime organizado e a abertura de novas inscrições a “empregos alternativos”. Agora, com acomodações mais dignas do comandante maior do QGC – Quartel General do Crime, a elaboração dos seus “Planejamentos Estratégico-operacionais” dar-se-á em ambiente climatizado e o seu autor não se submeterá ao desconforto de carregar o peso das chaves (copiadas) das celas. A bem da verdade, a culpa é nossa porque estamos levando muito a sério, e ao pé da letra, as questões da segurança pública, da violência urbana generalizada e da falta de combatividade. Estamos vendo, ouvindo e falando demais. Deveríamos empregar o nosso tempo de maneira mais prazerosa. Estou sabendo que daqui a pouco tempo estarão disponíveis no mercado jogos de vídeo game intitulados “Bangus Virtuais”, edições IV, V, VI, e aí por diante. Uma certeza: não vai faltar jogador virtual – nem faltará vítima real. Escrevi este artigo há mais de 10 anos.
Augusto Avlis
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